https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEsjChjzp3FnwpFAZQfxaiWPaua2ndl19OItZ_7C3E_6xH_nd5pW32SyNfiap6P-9nolAY4CN6bvM6UzR_fLldYcyngpvPFup6LHQ1TKJaUHsxDub1h2pQohvuSc5KxDMUTTglj6N9s40/s200/simpatia_quase_amor_verde.jpg

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Biografia - Cora Coralina

CORA CORALINA

"Versos... não
Poesia... não
um modo diferente de contar velhas histórias"

(Poema Ressalva, extraído do livro Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais)
Voz viva da cidade de Goiás, personagem e símbolo da tradição da vida interiorana, Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na casa que pertencia à sua família há cerca de um século e que se tornaria o museu que hoje reconta sua história. Filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacita Luiza do Couto Brandão, Cora, ou Ana Lins dos Guimarães Peixoto (seu nome de batismo), cursou apenas as primeiras letras com mestra Silvina e já aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. Tragédia na Roça foi seu primeiro conto publicado.

Em 1934 casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e foi morar em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde nasceram e foram criados seus seis filhos. Só voltou a viver em Goiás em 1956, mais de vinte anos depois de ficar viúva e já produzindo sua obra definitiva. O reencontro de Cora com a cidade e as histórias de sua formação alavancou seu espírito criativo.

Tradições e festas religiosas, a comida típica da região, as famílias e seus 'causos', tudo motivava a escritora fazer uma ponte entre o passado e presente da cidade, numa tentativa de registrar sua história e entender as mudanças. Nas suas próprias palavras: "rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo ao raso". Com a mesma rica simplicidade de seus personagens, Cora fazia doces cristalizados para vender.

Seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e outras histórias mais, foi publicado em 1965, e levou Cora, aos 75 anos, finalmente a ser reconhecida como a grande porta-voz de uma realidade interiorana já afetada pelo avanço da modernidade. O poeta Carlos Drummond de Andrade, surpreendido com a obra de Cora, escreveu-lhe em 1979: "(...) Admiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu lirismo tem a força e a delicadezadas coisas naturais (...)".

Cora Coralina faleceu em Goiânia a 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora.

Carlos F. d'Andréa

Alguns dos prêmios que recebeu:

- Doutor Honoris Causa - Universidade Federal de Goiás (1983)
- Troféu Juca Pato - União Brasileira dos Escritores (1983)
- Troféu Cora Coralina - Coordenadoria de Moral e Civismo da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (1982)
- Grande Prêmio da Crítica - Associação Paulista de Críticos de Arte

Obras de Cora Coralina

- Estórias da Casa Velha da Ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O Tesouro da Casa Velha
- Vintém de Cobre
- A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (Infantil)
- Cora Coragem Cora Poesia (biografia escrita por sua filha Vicência Bretas Than)

0 comentários:

© 2006-2008 all rights reserved By: Marcelo Gomes e Luciano Max® 2006-2008